segunda-feira, 13 de julho de 2009

O básico do Atala

“Caro não é pagar muito por um prato, mas pagar qualquer
dinheiro pelo que não vale.” Alex Atala


Comida caseira mexe muito com nossas lembranças. O emocional tem um papel importante quando escolhemos o que vamos comer. Conforto é o que buscamos quando entramos num restaurante atrás do feijão com arroz. Comida estilo da vovó tem sentimento e alegra a alma. Acontece que o quesito qualidade, pedra fundamental na cozinha das nossas avós, foi substituído pelo quesito preço, na maioria das vezes.

Isso, em minha opinião, tirou o sabor da cozinha caseira. Perdeu sua identidade focando apenas no preço. Mas ai vem um grande chef de cozinha e resgata esses valores e mostra pra todo Brasil como é gostosa a nossa comida. Alex Atala e o francês Alain Poletto inauguraram em janeiro desse ano em São Paulo o Dalva e Dito com insumos 100% nacionais. A proposta é servir receitas familiares brasileiras. Usando técnicas avançadas, como cozimento à vácuo, o chef Poletto comanda com maestria a cozinha milimetricamente projetada.

Aqui no Rio Grande do Sul já tem gente trazendo de volta receitas das nossas raízes, como o arroz de carreteiro, carne de ovelha e o famoso sagu. Moderno é fazer uma releitura dos clássicos, mas com uma apresentação diferente, individual, mostrando que estes pratos também seu charme se forem bem trabalhados.

É claro, nada adianta o prato ser bonito apenas aos olhos, pois o que conta de verdade na hora do sorriso após a primeira garfada, é o sabor e a textura. O sorriso pode trazer lembranças de tempos passados, memórias que marcam a nossa vida e que alimenta o nosso ser.

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