Sempre fui ligado nos molhos, sejam eles quentes ou frios, para entradas, prato principal ou sobremesa. O molho, muitas vezes, é o grande diferencial do prato. Dá corpo e alma para as receitas. Talvez por essa importância o posto de saucier seja um dos mais desejados dentro de uma brigada de cozinha.
Na verdade o saucier é sempre o cozinheiro mais experiente dentro de uma brigada. Produzir os molhos base e seus derivados é tarefa que requer muita habilidade. Tive sorte de contar com bons mestres nesta arte que não é tão difundida e devidamente reconhecida pelo público em geral.
Observo que qualquer molho de queijo já satisfaz a maioria dos comensais por esses pagos. Molho esse feito com queijo de qualidade duvidosa e usando como elemento de ligação o famoso amido de milho... Não é fácil mudar essa realidade, mas vejo grandes avanços nesse sentido por aqui. Nós gaúchos estamos apenas engatinhando no quesito "cultura gastronômica".
Cultura gastronômica só se alcança com o tempo. Vejam bem, não quero cometer injustiças com meu comentário, mas até alguns anos atrás, sair para jantar fora em Porto Alegre, era ir numa churrascaria ou numa casa de massas e galetos. Não tenho nada contra esses dois tipos de estabelecimentos, os quais adoro e sempre vou quando tenho tempo.
Acontece que cultura gastronômica é muito mais profundo do que isso. Como não temos parâmetros, qualquer coisa, ou qualquer comida serve. Apenas quando viajamos para outros lugares e provamos "molho de verdade" é que poderemos comparar e ver se estamos comendo bem.
Aqui já se encontra alguns poucos lugares aonde a arte do saucier é bem executada. Fica a cargo de vocês, leitores, descobrir tais restaurantes. Boa sorte!
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