quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Empreender

Quer ser escravo?

"O restauranter é o escravo do século XXI". A frase dita pelo restaurater mais bem sucedido do Brasil veio como um soco no estômago. Rogério Fasano e seus empreendimentos gastronômicos fizeram parte de uma matéria da revista PEGN. Ele fala de pontos importantes para aqueles que sonham em empreender e ter um negócio duradouro.

Após ler a matéria por inteiro vi que não basta ter amor pela cozinha pra colocar um restaurante, é necessário muito mais do que isso. Competência em gestão é apenas mais uma delas. Os ralos existentes numa operação que envolve comida às vezes podem passar desapercebidos. Muito se aprende na prática, mas a frase do início do post foi a que me deixou pensativo.

Escravo é uma palavra forte. Conhecendo os restaurantes e bares do Grupo Fasano, ao menos fico com a certeza que esse escravo é muito bem remunerado. Compensa? Rogério disse que viu diversos matrimônios sendo dissolvidos devido ao trabalho excessivo (principalmente porque é a noite). Entretanto, nota-se em suas entrevistas que ele é apaixonado pelo que faz.

Mas como conseguir equalizar a vida pessoal com a profissional neste segmento? Difícil, creio. Pra se dar bem a entrega tem que ser total, de coração e com a compreensão daqueles que nos cercam. Sempre tive o sonho de ter meu negócio, meu restaurante, com minhas panelas, minha história, enfim, meu ateliê.

Vejo que muitos colegas de profissão têm uma inveja boa do meu status atual, em ter liberdade e conseguir ser cozinheiro ao mesmo tempo. Também observo um número significativo de sonhos que tornaram-se pesadelos.

Foto: Revista Veja

4 comentários:

  1. UAU!!
    Eu não estou sozinho!
    Abraço felipe,
    Marceo da Pãtissier

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  2. Grande chef! Fico feliz pela sua presença aqui no blog. Imagino que não estejas sozinho. Desde que conheci teu trabalho notei uma semelhança com o Rogério Fasano: amam o que fazem e fazem bem feito.

    Abração

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  3. Acho que a compreensão de quem convive com a gente é mutio importante nessa profissão, ame ou deixe-a, valeu chefe!

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  4. Oi Pedro, realmente se não for assim a relação está fadada ao insucesso...
    Abração

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