terça-feira, 16 de junho de 2009

Mestres - 1º Capítulo

Salsão ou aipo, amargo e refrescante

Bons mestres formam bons cozinheiros. Tive muita sorte desde que resolvi entrar de corpo e alma e viver da arte de cozinhar. Meus mestres eram e são extraordinários. Sinceramente, são fora de série e acima da média. Então vamos lá, vou descrever cada um deles e me digam se não é verdade. Como me considero um cara sortudo, posso dizer que tive cinco mentores.

O primeiro foi o chef Mamadou Sehne, professor do Senac, em Porto Alegre. Ele é considerado um dos melhores professores de gastronomia do Brasil. Praticamente uma lenda aqui no Rio Grande. Lembro de comentários na Fenadoce certa vez onde seus colegas, de outros Senac do país, falavam com respeito e orgulho do trabalho do chef.

O conhecimento do Mamadou é algo imensurável. A técnica e destreza aliada a grande paciência, fez dele um profissional muito querido por todos. A humildade do chef é algo tocante. É despido de qualquer vaidade em relação ao seu conhecimento. Além disso, está sempre com um sorriso no rosto.

Uma vez liguei pra ele, precisava de uma consulta por telefone. Expliquei a situação. Um caldo que eu estava testando tinha ficado amargo demais. O Mamadou foi certeiro na resposta, que fez em tom de pergunta: "Chef, tu tirou bem as fibras do salsão?"

3 comentários:

  1. Realmente o chef Mamadou é uma pessoa extraordinária, tambem tenho a sorte de ter aula com ele lá no Senac.

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  2. Grande DANISAN! É também um privilégio poder dizer que fui aluno dele. O texto não mente.

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  3. Felipe, O chef Mamadou é TUDO de bom!!
    Você sabe se ele abriu um restaurante?

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