quinta-feira, 22 de julho de 2010
Vatapá
Chegava a ser banal. Praticamente todos os dias comia acarajé com vatapá nos anos que vivi na Bahia. O ato de comer acarajé é sagrado. É como acordar e pedir uma benção. É rotina, e todo mundo gosta. Em cada esquina uma baiana com seu vestido branco e tabuleiro de delícias.
Obviamente umas se destacavam mais do que as outras, seja pelo tempero, simpatia ou serviço. O fato é que na praia de Itapuã tem o acarajé da Cira, que eu comia com gosto e repetia. Atualmente está na quarta geração, mas ainda sob o comando da Cira. Pra ter uma idéia da importância do quitute, a Veja local tem a categoria "Melhor Acarajé" na eleição anual da revista para bares e restaurantes.
Tão interessante quanto o acarajé é o recheio. E que recheio! Vatapá, camarão seco, salada de tomate e pimenta, sim pimenta e das boas. O que mais gosto, disparado, é do vatapá. Sinto falta do aroma, e do sabor, nem se fala.
Lembrei que fiz algumas vezes o vatapá aqui em Porto Alegre. Por incrível que pareça, após anos na terra de São Salvador fui aprender nos pampas como se faz o vatapá. Essa receita eu fiz durante as aulas sobre culinária regional no Senac.
Vatapá
Ingredientes - Quantidades
Pão dormido - 400 g
Bacalhau cozido e desfiado - 100 g
Cebola ralada - 300 g
Azeite-de-dendê - 200 ml
Camarão seco dessalgado - 40 g
Castanha de caju- 100 g
Amendoim torrado e descascado - 50 g
Gengibre ralado - ½ colher de chá
Leite de coco - 500 ml
Sal e pimenta a gosto
Preparação:
-Molhar o pão com água, em seguida esprema para retirar a água, passar na peneira e colocar o leite de coco
-Refogar a cebola e os camarões secos no azeite-de-dendê, acrescentando a castanha, o amendoim, os camarões secos, o creme de pão com leite de coco, o gengibre e o bacalhau.
-Bater num processador ou liquidificador
-Colocar para cozinhar, mexendo sempre
-Retirar quando estiver com consistência pastosa e soltando da panela
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