terça-feira, 6 de julho de 2010

Barraquinha

Moço, tem guaraná de que?

É cultural, não adianta. Um gaúcho nunca vai entender, ao visitar Salvador ou Recife, a existência de bancas estilo de revista em cada rua. Ao chegar ao local para comprar uma Veja ou Zero Hora (gaúcho que é gaúcho, não vive sem a Zero, né?), vai tomar um susto. Não tem revista, muito menos jornal. Revistinha da Mônica, nem pensar. Mas o que vende essas barraquinhas? Vendem água que passarinho não bebe e otras cositas mas.

Bebida alcoólica é o principal item vendido nas barraquinhas, como é chamada pelos soteropolitanos, esse tipo de estabelecimento comercial. Além de cerveja e cachaça, tem guaraná. Mas só guaraná? Mais uma vez precisamos de uma tradução simultânea. Guaraná é sinônimo de refrigerante. Líquidos à parte, passamos aos itens mais procurados pelas crianças: queimado (pronuncia-se quêmado). Queimado? Sim, bala, de todos os tipos, cores e sabores.

Já tinha esquecido dessa tradição de tomar uma cerveja ou refrigerante na barraquinha da rua. Lá, era o ponto de encontro das turmas, seja de crianças, comendo quêmado e tomando guaraná, ou dos adultos, tomando aquela gelada, sem compromisso para depois. Pois o que interessa, de verdade, é o agora.

E o bom baiano sabe bem disso.

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