sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Creme du Barry

A amante que virou creme

A Isadora é cozinheira e tem um blog muito bacana, o bistro da coralina. Sempre dou uma espiada pra ver o que essa gaúcha anda aprontando lá em Fortaleza. Volta e meia ela aparece nos comentários aqui no blog dando sua opinião. Prontamente ela topou enviar uma receita pra dividir comigo e com vocês. Eu amo esse creme, e a história da receita da Isa é daquelas que vale a pena ler.

"Essa receita tenho um carinho muito grande por ela. Alguns bons anos atrás no início do meu namoro com o marido, fomos jantar na casa de uma tia dele na qual é ótima na cozinha e tem um super bom gosto. Ela serviu de entrada um creme de couve-flor de comer de joelhos.

Conversa vai conversa vem, fui questionar sobre o preparo. Na época eu nem era tão ligada na gastronomia, era bem mais nova e cozinhava só no final de semana. Talvez nem tenha absorvido tudo que ela contou, mas lembro que ela disse que esse era um creme que ela havia comido em um vôo internacional e tinha se apaixonado. Aí começou a testar em casa até achar a receita perfeita.

Os anos passaram e eu entrei de cabeça na gastronomia, então fui auxiliar na cozinha de um evento na qual estávamos servindo adivinha o que? O creminho de couve-flor que leva o nome de Creme du Barry em homenagem a condessa Madame Jeanne Becu du Barry, amante de Luís XV, famosa beldade francesa que morreu na guilhotina durante a revolução francesa. E ai comecei a buscar a minha receita através do que a tia me passou, do que absorvi na preparação durante o evento e dos meus gostos pessoais também. Essa receita está no Top 10 das minhas preparações."

Creme du Barry
(6 porções)

Ingredientes - Quantidades
Alho-poró médio - 1 unidade
Cabeça de couve-flor - 1 unidade
Manteiga - 2 col. de sopa
Farinha de trigo - 4 col. de sopa
Caldo de frango ou caldo de legumes - 1 1/2 litro
Gemas - 2 unidades
Creme de leite (preferência fresco) - 150g
Sal e pimenta do reino

Preparação:
-Comece higienizando o alho-poró
-Corte as pontas duras verde e o final do lado de fora da raiz, então fatie na vertical da parte verde para baixo na parte branca, cerca de 2 polegadas. Lavar com água corrente até que toda a sujeira e areia sejam removidos.
-Pique o alho-poró limpo.
-Divida a cabeça de couve-flor em dois e, em seguida, fatia as florzinhas da haste central.
-Coloque os floretes numa panela com água fria e deixe no fogo apenas até que a água entre em ebulição.
-Retire do fogo e imediatamente enxágue com água fria.
-Em uma panela alta, derreter a manteiga, em seguida, adicione o alho-poró picado. Cozinhe por cerca de 5 minutos, ou até o alho-poró começar a amolecer (sem deixar escurecer).
-Adicione a farinha e mexa para revestir completamente o alho-poró.
-Adiciona o caldo aos poucos, mexendo continuamente para não deixar formar grumos (iniciar
adicionando muito pouco caldo e gradualmente ir adicionando mais).
-Deixar a mistura levantar fervura e adicionar a couve-flor, em seguida, ajuste a chama do fogão para que a sopa ferva bem baixo.
-Cozinhe por 20 minutos, ou até a couve-flor ficar macia.
-Deixe a sopa esfriar alguns minutos, em seguida, processe no liquidificador até obter um creme bem liso.
-Em um bowl, misture as gemas e o creme de leite. Adicione uma concha cheia de sopa quente e
misture bem.
-Despeje essa mistura na sopa e aquecer em fogo baixo até a o creme atingir a temperatura desejada, mas cuidado, você não pode deixar ferver pois as gemas irão talhar. É só para quebrar o gelo da mistura que foi adicionada.
-Tempere com sal e pimenta a gosto. Você pode decorar com cebolinha se quiser, ou ainda servir com croutons.
-Se quiser uma cremosidade ainda maior, pode adicionar 1 batata média junto ao cozimento da couve-flor.

6 comentários:

  1. Grande Chef
    Adorei... e louca pra ver as próximas receitas amigas que virão.
    Abracos.

    ResponderExcluir
  2. Oi Isa, eu que adorei! Impressionante como as receitas guardam histórias bacanas como a sua.

    Obrigado mais uma vez.
    Abração

    ResponderExcluir
  3. Muito legal! Esse creme de couve-flor me despertou boas lembranças de lugares onde comi.
    Uma perguntinha tola... Onde se lê "caldo de legumes", pode ser o do Atala?! *risos*
    Brincadeira, Isadora e chef Sica!
    Show de bola a receita!
    Abraços,
    Marcus

    ResponderExcluir
  4. HAHAHAHAHAHA, sabe que por um instante passou na minha cabeça, em por entre parenteses (se tu for adépto ao caldinho do Atala podes usar ele)
    Sempre que um amigo preguiça ou level one na cozinha pede receita e vai fundo eu já aviso, ó faz assim, eu uso esse natural, dá td diferença no final, e blá, blá, blá. Mas como sei que ñ vai fazer tem o de cubinho ou o novo do Atala. Meio antagonico... mas na real nem sou contra, só na minha cozinha passa longe.

    ResponderExcluir
  5. kkkkk, tu não perde uma hein Marcus?

    Gente
    Olha, honestamente, eu prefiro que coloquem água do que esses cubos.
    "Você é o que você come".

    Abração

    ResponderExcluir
  6. Grande Felippe Sica, fui auxiliar de cozinha pedagógica uma vez quando você deu uma matéria de cozinha tailandesa na Univille em Joinville, hoje depois de um tempo voltei a estudar gastronomia porem em outra universidade, agora em uma instituição pública, buscando informações sobre cozinha clássica acabei parando no seu blog onde o nome não me era estranho, muito obrigado pelas informações, até a próxima professor!

    ResponderExcluir