quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Professor

Keep connecting your dots

Vendo novamente o discurso do CEO da Apple, Steve Jobs, enxerguei outros pontos que liguei em minha carreira. Neste caso o de professor. Morei em Los Angeles por três anos e para continuar falando inglês após minha chegada no Brasil resolvi fazer um curso especial para torna-se professor. Meu inglês tinha nível para frequentar a classe e digo que ali, aprendi muito sobre como passar o conhecimento e agir em sala de aula. Antes mesmo de terminar o curso fui convidado para lecionar no Yazigi.

Resolvi encarar o desafio e colocar em prática o que tinha aprendido. A instituição é reconhecida no estado e no país por sua excelência na área pedagógica. Tive muita sorte de ter duas orientadoras que foram decisivas na minha vida acadêmica, a Aninha e a Kity. Duas mentes brilhantes que me mostraram o caminho certo e sempre me incentivaram. Vi que não queria fazer isso pro resto da minha vida. Eu gostava, mas não amava. Foi uma baita experiência dar aulas para crianças, adolescentes e adultos.

Comecei a enxengar os pontos sendo ligados quando dei minha primeira aula de gastronomia. Foi tudo muito natural, sem forçar a barra ou tremer as pernas de nervoso. Aqueles anos que trabalhei como professor de inglês me deu uma base e um conhecimento que só fui perceber o quanto foi útil quase sete anos depois.

Segundo Jobs, a gente só conecta os pontos mais tarde, com o tempo. Antes disso, temos que fazer as coisas com o coração e achar aquilo que realmente amamos. Isso aconteceu comigo, procurei o que realmente amava e quando achei, peguei com unhas e dentes e entrei de cabeça, trabalhando e estudando com afinco. Porém, enquanto eu não achava o meu caminho, trilhava outros com a mesma dedicação e paixão. Isso faz a diferença, acreditem.

Entretanto o mais importante é achar algo que faça você levantar de manhã cedo e se sentir feliz. Uma profissão que você leve para o resto da vida, sem se importar com os outros. Quando anunciei para família que iria trabalhar como cozinheiro, houve um silêncio. Já estava grandinho e pagava minhas contas, mas confesso que ninguém soltou foguetes ou aplaudiu minha decisão.

Dúvidas eu tinha em quilos. Será que vou conseguir ser bem sucedido na profissão? Será que fiz a escolha certa? Hoje a resposta é clara, como um consomê perfeitamente executado.

2 comentários:

  1. Oi Felippe, ontem eu e meu marido participamos da tua aula na Usina do Gasômetro. Gostamos muito e quero te dizer que uma das coisas que comentamos depois da aula foi a forma didática e clara como tu passou as informções. Saímos de lá super satisfeitos e felizes! Parabéns pelo teu trabalho e logo vou voltar a ser tua aluna para exercitar minha paixão pela gastronomia.
    Um abraço
    Melissa e Alfeu

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  2. Oi Melissa e Alfeu, fico muito contente em ler seu comentário. Esse retorno de vocês é super importante, nem sabes o quanto.
    Dias 4, 5 e 6 de outubro tem aula de culinária thai no Senac. Apareçam!

    Grande abraço

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