Depois que o Nordeste do Brasil passou a fazer vinhos de qualidade, nada mais me espanta quando o assunto é o universo dos vinhos. Ao folhear a revista da Slow Food, que o meu cumpadre Genaro Galli trouxe da Itália, me deparei com uma cena inusitada. A foto de abertura da matéria era um surfista em terreno arenoso empinando uma garrafa de vinho. Litoral da França, Espanha ou Portugal? Nada disso, o vinho em questão foi produzido no México.
Segundo pesquisas que fiz, o vinho está no México há muito tempo, trazido pelos espanhóis durante a sangrenta ocupação encabeçada por Hernán Cortés, isso nos idos de 1.522. Já na década de 80, apenas três grandes empresas dominavam o mercado produtor local.
Atualmente existe cerca de 40 vinícolas e 4.000 hectares de uvas viníferas plantadas. O foco atual é na Baja Califórnia, mais precisamente na cidade de Guadalupe, menos de 100 km da fronteira com San Diego.
Entendidos do assunto que degustaram os vinhos mexicanos dizem que são uma bela descoberta. Quando visitei a região, por diversas vezes no final dos anos 90, também fiz minhas descobertas, só que em outra área, o surf. A Baja é recheada de ondas perfeitas e solitárias, esperando alguém para prová-las. Pretendo voltar para surfar novamente as ondas tubulares do México, só que desta vez com um tempero extra, ao invés de tequila tomarei um bom vinho.
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