Gênio, esta é a única palavra que tenho pra descrever o chef de cozinha espanhol Ferran Adrià. Sem querer caiu nas minhas mãos um exemplar da excelente publicação portuguesa Revista Única Expresso. Na capa está ele com um sorriso no rosto, mesmo com ene coisas para fazer no restaurante. Entra no El Bulli às 11am e sai apenas às 1:30 do outro dia. O sonho da nova geração é ser um Adrià: famoso, capa de jornais e revistas e detentor de três estrelas do Guia Michelin.
Mal sabem que pra conquistar o que ele conquistou foram mais de 30 anos de trabalho, muito trabalho. Iniciou no metiê aos 18 anos lavando louça. Claro que nunca sonhou em ser um chef famoso, coisa e tal. Mas a busca pelo conhecimento e a descoberta de novas técnicas fez com que chegasse ao topo da profissão.
Esta é última temporada do El Bulli, que fecha suas portas em julho deste ano. Se está triste? Ele é categórico em dizer que não, pois o legado continua, só que de outra forma através da Fundação El Bulli, que abrirá suas portas em 2.014.
Ano que vem Adrià completa 50 anos e se diz contente com tudo que realizou. O melhor presente? Sem titubear, afirma ser as férias que terá até a abertura da Fundação. A idéia de Ferran é tornar a Fundação El Bulli algo como a Harvard, onde as pessoas são levadas a pensar, raciocinar. "A missão é partilhar todo conhecimento. Como se fazia antes através dos livros", disse o mestre. Os exames para ingresso será feito pela internet, e depois com um exame prático, de criatividade na sede da Fundação.
Considero essa a melhor entrevista que li até hoje com o Ferran Adrià. A jornalista Katya Delimbeuf trouxe à tona um Ferran de peito aberto, falando sobre seu relacionamento de anos com sua esposa Isabel, o fato de não ter tido filhos e outras coisas interessantes sobre esse mago das panelas.
Uma frase do gênio para quem sonha um dia chegar lá: "Criar é não copiar. Melhor ainda: cria e sê feliz!"
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