Estou lendo o livro, do jornalista e escritor britânico Lawrence Osborne, chamado O connoisseur acidental. Encontrei esse livro por acaso, bisbilhotando um sebo em Caxias do Sul. Gostei do título, despretensioso e também do preço, 12 reais, uma pechincha. Logo abaixo do título está escrito: uma viagem irreverente pelo mundo do vinho.
Lawrence escreve muito bem, texto agradável e leve. O autor vaga por regiões viníferas famosas como Bordeaux, Napa e Piemonte e outras nem tanto, como Languedoc, Lazio e Puglia. Na verdade, pelo que entendi ele está atrás do que a palavra gosto significa neste segmento.
Cito abaixo algumas pílulas do connoisseur:
"Gosto não se aprende em livros; não é transmitido de uma pessoa para outra. Aí reside sua profundidade."
"Será que sei mesmo o que estou bebendo e por quê? Aliás, como sei que meu paladar é autêntico?"
"Poucas coisas nos deixam mais inseguros em relação ao paladar do que o vinho. A linguagem de sua competência pode nos convencer quando o lemos, mas só aumenta nossa confusão quando provamos de fato um vinho."
"O gosto é o que define nossa personalidade, mas tem a solidez de uma bolha de sabão."
"O que é gosto então? No íntimo, nos orgulhamos do nosso gosto. Porém, não há assunto mais terrível para analisar. E não há gosto mais ingrato de analisar do que o gosto em matéria de vinho. O vinho é o exercício supremo nessa habilidade misteriosa, nessa zona de prazer cheio de nuanças. Dentre todos alimentos, os melhores vinhos são os que provocam as reações fisiológicas mais complexas."
Gostei! Empresta pro amigo depois?
ResponderExcluirAbraço
Tá na mão Diegão! Acabei de ler, deixou aquele gostinho de quero mais...
ResponderExcluirAbraço